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Associações comerciais e o comércio local na pós-pandemia

As associações comerciais e o comércio local na pós pandemia têm um potencial enorme para atuarem juntos e criar ecossistemas de consumo local, fortes e atrativos para o público local. Vamos tratar dessa oportunidade e ver até um exemplo real neste post.

Associações comerciais no momento da crise sanitária

O comércio local passou por um dos maiores desafios dos últimos tempos. Com a obrigatoriedade de fechar as portas por várias semanas e até meses em alguns setores, a sobrevivência foi a principal pauta de muitos estabelecimentos, independentemente do porte. 

É bem verdade que alguns setores tiveram até aumento de demanda, como supermercados e farmácias, mas, precisaram adequar processos e implementar mudanças em tempo recorde no atendimento ao cliente e no gerenciamento e cuidado de colaboradores. Enfim, não foi fácil para ninguém.

No meio de tudo isso, as Associações comerciais, representantes de diversos setores do varejo assumiram a responsabilidade de centralizar as propostas e demandas com as autoridades públicas, tanto nos âmbitos municipais, quanto estaduais e federais. No caso do âmbito municipal, as associações tiveram um papel particular de representar o comércio local, o mais vulnerável desta história.

A estratégia adotada por elas não foi nada fácil, por vezes comunicando e esclarecendo as informações liberadas pelo poder público à comunidade empresarial, e outras vezes, entrando com demandas e propostas para tentar reduzir os impactos da crise nos estabelecimentos, cuidando dos aspectos da saúde pública.

Neste momento foi notório o papel representativo das Associações, que ainda tinham que pilotar as suas próprias crises, em função da inadimplência crescente e saída de associados.. realmente foi um desafio.

O pós-crise

Hoje, com a crise sanitária de certa maneira superada, observamos um cenário de certo alívio, mas, com perigos ocultos. 

O cenário que encontramos após a crise, apresenta diferenças evidentes no relacionamento de consumo com o cliente. Hoje temos um cliente muito mais digitalizado. Uma quantidade expressiva de consumidores, durante a pandemia fizeram as suas primeiras compras digitais. A entrega de sites como Mercado Livre virou uma referência de eficiência e velocidade, e até empresas como a Chinesa Ali Express promete investir pesado em logística para garantir entregas em até 48 em qualquer lugar do Brasil!

As grandes marcas investiram forte na implementação de soluções de pagamentos próprias, programas de cashback e Apps com diversos atrativos. Quem pensa que estes atrativos só estão vinculados a compras pela internet se engana, pois marcas como Ipiranga, Madero, diversos shoppings centers, marcas que operam na Internet que levaram seus programas para as lojas físicas como Extra, Magazine Luisa, e muito mais.

O comércio local pós-crise

Com um panorama destes, observamos que o comércio local vive os seus dias de “novo normal” comemorando a retomada de atividades, passando a abrir os seus estabelecimentos como o fazia antes da pandemia. Sem perceber, esses estabelecimentos estão ficando para atrás num momento que exige transformações e adaptações, pois, as mudanças que percebemos são apenas a ponta do iceberg para o que está ainda por vir. Pode ver um pouco do que está vindo no artigo do 5G e o varejo local

Mas e como as Associações podem fazer a diferença  neste cenário?

Associações comerciais e o comércio local na pós-pandemia tem uma sinergia natural com uma verdadeira oportunidade em mãos. Assim como elas foram fundamentais para representar centenas de empresas frente às autoridades municipais, elas serão peças chaves na adoção de soluções tecnológicas que permitam a criação de marketplaces locais. 

A lógica é muito simples. Uma solução local unificada será capaz de reunir as empresas de uma cidade inteira e gerar atrativos com ofertas muito superiores em variedade e representatividade para os habitantes daquela cidade. Afinal, quem não gosta de ter benefícios oferecidos nos estabelecimentos da cidade onde mora? 

Como toda inovação, é claro que nem tudo é um mar de rosas. Para implementar uma solução destas características, além da tecnologia adequada, precisa de um forte processo de comunicação, engajamento dos estabelecimentos e seus colaboradores, e claro, o público da cidade. Porém, é um esforço que se for empreendido hoje, quando o novo cenário de consumo ainda está em construção, terá a recompensa de provocar uma disrupção no consumo local no exato ponto de estouro da demanda. Caso demore, terminará correndo atrás em um momento em que a oferta já estará mais digitalizada ainda.

Um exemplo de sucesso em Gravataí/RS

ACIGRA Cashback

Em Gravataí/RS, uma cidade de 300mil habitantes, que faz parte da Grande Porto Alegre implementou a entidade ACIGRA (Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Gravataí) implementou um APP ACIGRA Cashback com um programa de cashback local para comércios da cidade. Com ele, os habitantes da cidade baixam o APP gratuito e ganham cashback comprando nos comércios da cidade inscritos no programa. Hoje são mais de 70 estabelecimentos inscritos, e mais de 1000 clientes com o APP transitando pela cidade, consumindo e ganhando cashback.

O APP inclui outros atrativos como um sistema de Delivery e até um banco digital, tornando à ACIGRA uma verdadeira fintech.

Voltaremos a trazer outros exemplos como estes 🙂

Conclusão

Nesta época de vertiginosa transformação digital do consumo o comércio local está em desvantagem em relação aos avanços que as grandes marcas do varejo estão trazendo de novidades, e, fora raras exceções, não terão condições de implementar as mudanças sozinhos. Neste cenário, as associações comerciais, têm um papel estratégico, desde que tenha esse propósito, claro.

A VarejoUAU tem soluções prontas para implementar programas como o da ACIGRA mencionado neste pot, portanto, se quiser conversar sobre isso… nos contate e teremos maior prazer em te contar como fazer 🙂

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